Liberdade,
Utopia ou Realidade?
Anseio, loucura ou necessidade?
Ilusão de tenra idade?
Do campo à cidade
O lume arde brando
Se queres a verdade
Vive em triste passividade
Um povo que se fez manso.
E aí Jesus se não for branco!
Caia o Carmo e a Trindade
Se ao mundo mostrar vigor
Ou qualquer actividade
Que não seja por rancor
Ganância, temor
Ou do corpo a mais primária vontade.
Aaah! A Liberdade!
O dom de tudo dizer
A inebriante ilusão
De fazer o que quiser
De ser miserável coirão
A ignorância é sua morte
A justiça o seu sustento
Se a maldade lhe der corte
Que não nos falte o alento.
E jamais olvides ente querido
Esta “bênção” não te é dada
Não é bem adquirido
É todos os dias conquistada
E de sentidos bem alerta
Pois há quem tenha saudade
De antanho loucura certa
Da não vivida adversidade
Procura-se mente desperta
Para a liberdade e democracia
Que ambicione mais que conversa
E uma cruz de cabeça vazia.
Todo o mérito para os gregos
Pela invenção da democracia
Júbilo aos franceses
Por quebrarem a monarquia.
Mas chega de elogiar
Outros pelo que nunca tive
É hora de me calar
E de sonhar ser homem livre.
Nuno Soares
P.S: O Mês da Poesia é um desafio interactivo promovido pelo Opina com o objectivo de dar espaço aos nossos leitores para partilharem os seus escritos poéticos. O Mês da Poesia será realizado regularmente de 2 em 2 meses subordinado a uma temática apresentada durante o mês anterior. O tema do mês de Outubro é: LIBERDADE. Enviem-nos os vossos poemas por mensagem privada na página de Facebook do Opina ou por comentário aqui no blog. No caso de haver uma enxurrada de poemas, faremos uma pré-selecção e os poemas seleccionados serão publicados, como de costume, aos Domingos. Boas leituras!