Aaah… o início de um novo dia,
Ou não. Que dizes então?
Porque me enches de frustração
Como se saísse da cama para um alçapão
Escuro de breu onde encontro… o papão?
Espera, algo não bate certo neste verso, confesso
Atravesso sem sucesso um deserto
Que me dói com um abcesso travesso.
Cedo, um peso, sem penso, dispenso,
O vazio que povoa o meu ser e saber
Penso no teu divino ser, que não me canso de ver
Mas porra! O Poema é sobre o amanhecer.
O nascimento do sol a Este
Não o contorno irresistível do teu ser
O rompimento da abóboda celeste
Que antes de saber aprendi a querer
O chilrear das aves vespertinas
Que cuido, respeito e bem-trato
O início de alegres matinas
Que seguro firme no meu abraço.
O (re)acordar da vida
E a doce loucura de amar
A tua face pristina
Aquando o Morfeu despertar
A inebriante loucura do ser
E a aventura de estar vivo
Insaciável vontade de te ter
E a mim, contigo.
Amanhecer…
Nuno Soares
P.S: O Mês da Poesia é um desafio interactivo promovido pelo Opina com o objectivo de dar espaço aos nossos leitores para partilharem os seus escritos poéticos. O Mês da Poesia será realizado regularmente de 2 em 2 meses subordinado a uma temática apresentada durante o mês anterior. O tema do mês de Agosto é: AMANHECER. Enviem-nos os vossos poemas por mensagem privada na página de Facebook do Opina ou por comentário aqui no blog. No caso de haver uma enxurrada de poemas, faremos uma pré-selecção e os poemas seleccionados serão publicados, como de costume, aos Domingos. Boas leituras!
