São a chuva e o dinheiro
dois parceiros muito iguais
onde faz falta fica de sequeiro
e onde não faz chove de mais
Chove, chove sem parar
aos pobres o dinheiro não estica
chove muito e corre para o mar
lá em cima é que ela não fica
Por aquilo que eu estudo
a chuva é mal controlada
nuns lados estraga tudo
nos outros não chove nada
Pelo que estamos a ver
já não chove como antigamente
e onde calha a chover
estraga a vida a muita gente
Os pobres cada vez mais pobres
com as suas economias a descer
enquanto que os nobres
têm as suas a crescer
Estão sempre a aparecer
recordes de muitos anos
e assim estamos a viver
neste mundo de enganos
Digo isto com muita mágoa
é lá no mar que ela se junta
tanto o dinheiro como a água
só corre para onde há muita
Na Ásia e na Austrália
e na América Latina
do Bangladeche à Somália
também no Japão e na China
A chuva ultrapassa os limites
e o dinheiro é igual
os ricos cada vez mais ricos
e os pobres miséria total
Chove meses a fio
provoca inundações sem igual
na Europa faz muito frio
sem escapar Portugal!
Eduardo José Valério
P.S: O Mês da Poesia é um desafio interactivo promovido pelo Opina com o objectivo de dar espaço aos nossos leitores para partilharem os seus escritos poéticos. O Mês da Poesia será realizado regularmente de 2 em 2 meses subordinado a uma temática apresentada durante o mês anterior. O tema do mês de Junho será: ESPERANÇA. Enviem-nos os vossos poemas por mensagem privada na página de Facebook do Opina ou por comentário aqui no blog. No caso de haver uma enxurrada de poemas, faremos uma pré-selecção e os poemas seleccionados serão publicados, como de costume, aos Domingos. Boas leituras!