top of page

Nas Asas da Poesia - Desarranjos do Mato


Deito as raízes no céu

D´uma terra azulada

Desfolho o seu véu

Na burca desvendada

Broto botões de água

Arredam-se da rede

Caduca está a tábua

Do ar mato a sede

Mastigo restos de luz

Encandeio-me apagado

Os pássaros nadam nus

Espelho-me em prado

Despenteio-me em raminha

Com o tronco da calma

Tesouro de matinha

Voando na minha palma

Paulo D. de Sousa

Outras sugestões:
bottom of page